SINOPSE
«Frágil é aquilo que se pode quebrar.» Com palavras concisas, Luciano Manicardi, autor já bem conhecido e seguido pelo público português, um arguto antropólogo, apurado conhecedor do ser humano, com um olhar profético sobre os processos existenciais, desperta-nos para a reflexão sobre um tema muito importante – o da Fragilidade.
Nunca como hoje, particularmente nestes tempos de pandemia, podemos perceber a dimensão tentacular da fragilidade, sendo esta uma componente da condição humana. A fragilidade habita todas as realizações humanas, habita tanto a natureza como a cultura, diz tanto respeito à saúde como à economia, ao trabalho e aos negócios, às relações interpessoais, assim como aos processos sociais e políticos. Tudo ela pode quebrar!
Ao mesmo tempo, diz o autor, a fragilidade torna-se criadora de ligações, constituindo-se como ponte que estabelece relações. Por muito indesejável que seja, a fragilidade pode tornar-se meio de mobilização de uma sociedade, na criação de laços de solidariedade. De facto, o problema não é a fragilidade em si, mas aquilo que dela se faz. Sendo a fragilidade uma realidade factual, ela dissolve-se para dar lugar à fortaleza da virtude que deve ser construída dia após dia.